quinta-feira, abril 27, 2006

“O Braveheart como instrumento no trabalho com Esquizofrénicos Crónicos”

Título da Comunicação: “O Braveheart como instrumento no trabalho com Esquizofrénicos Crónicos”

Resumo:
Desenhei esta comunicação tendo por base as fortes metáforas que surgiram em contexto terapêutico num processo de grupo com esquizofrénicos crónicos, desenvolvido no Hospital Psiquiátrico de Miguel Bombarda, em Lisboa.
A comunicação debruça-se na Metáfora com o Braveheart, que acompanhou o grupo ao longo de algumas sessões. O filme e a sua história surgiram com estes doentes, tal qual os contos de fada surgem com grupos de crianças. A história foi reconstruída e vivida passo a passo. Curiosamente um dos slogans principais deste filme é “Vida sem liberdade não é vida!”, e este grupo era de doentes que se encontravam “aprisionados num Hospital”, doentes em que estava patente a saturação da doença e das consequências que essa lhes trazia.
O Breaveheart é um filme que descreve uma batalha pela independência, uma história de um herói e dos guerreiros que o acompanham nas mais duras batalhas. O argumento é recheado de aventura, emoção, traição e amor; tal como aconteceu ao longo do nosso processo.
A metáfora foi dos doentes, que inicialmente quase não pronunciavam qualquer palavra. O Braveheart foi “um dom” nas nossas sessões. Através deles os doentes foram guerreiros, experimentaram sentimentos de união, partilha e dor; descobriram-se laços, travaram-se batalhas, percorreram um caminho, e inevitavelmente avistaram o final.
Desta forma, esta comunicação, preferencialmente em tom de narração, pretende contar o processo deste grupo através da Metáfora que os próprios doentes criaram e aproveitaram tão bem! “Breaveheart - O Desafio do Guerreiro! Vida sem Liberdade não é Vida!”

Comunicação apresentada por Elisabete Bompastor, nas Primeiras Jornadas Luso-Hispanas de Dança Movimento Terapia, em Julho de 2005, Barcelona.